Sobre a bondade

 
A verdadeira bondade não será encontrada em palavras doces, comportamentos amáveis ou troca de favores à espera de retorno. A verdadeira bondade nasce do coração, é feita de espontaneidade, não há interesse de retorno e nunca pede nada em troca. Se você faz algo para as pessoas porque teme o futuro, teme estar sozinho em algum momento de sua vida e acredita que deve ser uma pessoa disponível, amigável ou daquelas que está sempre a dizer "sim" para as solicitações de ajuda, então você não tem consciência profunda do que é a bondade e a boa vontade.

Não há necessidade de ter pessoas que nos amem ou que nos queiram bem. Essa suposta necessidade é uma grande ilusão do ego que faz do ser humano um prisioneiro dos paradigmas ou conceitos impostos por um coletivo, uma sociedade ou uma cultura específica. Aos olhos do cosmos o fluir da vida é movimento, tudo chega e tudo vai na hora que tem que acontecer e por isso a mente analítica humana não tem a capacidade de controlar o futuro. O que somos capazes de fazer é de reverberar o amor universal que surge no peito e permitir que esse amor flua por meio de nós em serviço e entrega, sem nada pedir e nada esperar. É tempo de nos curarmos das máscaras que nos falam de uma "boa vontade" ilusória, carregada de interesse e desconectada do amor real.
Se procuram fazer algo para alguém porque temem que amanhã ou depois precisarão desse alguém, então estarão a criar uma prisão energética entre ambos que acorrenta e reprime a essência do Ser que deve ser livre para fazer o que o sopro do espírito determinar. Liberte-se das correntes da ilusão. Seja verdadeiramente livre. Não há felicidade nos apegos, não há controle sobre a Vida e o único jogo real é o caminho rumo à vossa própria essência. Fernanda Paz Arte: Unidade, Vrindavan Das

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