Vida que flui em união
Somos vidas em movimento. Cada universo particular no seu tempo. Alguns trotam, alguns correm, outros seguem a passos lentos e já outros ainda se encontram em decúbito dorsal. Quando alguns conseguem avançar, soltar as correntes e chegar até a luz, não significa que os demais não conseguirão também. Se equivocar com as sombras também faz parte do caminho. Assim como Platão nos narrava num passado distante, muitos ainda insistem em permanecer na profundeza da caverna e se apoiam verdadeiramente na escuridão. Estão acostumados e por lá ficam. Einstein disse uma vez que é mais fácil quebrar as partículas de um átomo do que romper com a concretude de uma mente. Quem somos nós para saber qual é o momento de nosso irmão?
A única coisa que podemos fazer é continuar e não nos omitir, nem nos acorrentar ou permanecer nas profundezas da caverna. Muitos dos que romperam com as correntes e conseguiram sentir o calor do sol que brilha lá fora, precisarão seguir sozinhos. É uma solidão genuína, cheia de belezas pelo caminho. Mas nem sempre seus corações se sentem preparados, ficam assustados por aqueles que ficaram lá trás. As lembranças dos momentos juntos, dos encontros, da companhia que o outro ser humano lhe proporcionava. Mas a luz é tão linda e brilha tão forte convidando aqueles que tiveram coragem de seguir que eles não resistem e seguem. Um dia a consciência cósmica se revelará e então saberemos os mistérios do tempo. Teremos condições de compreender porque uns vão e outros ficam. Compreenderemos quais são seus temores, seus medos, seus apegos.
Um dia, assim em consciencia crística, todos saberão. Será os tempos de todos, onde a dualidade do humano já não mais vai prevalecer. Poderemos andar todos juntos de mãos dadas numa ligação telepática que nos fará sermos verdadeiramente UM junto ao Uno e já não será mais as mãos que estarão entrelaçadas, mas sim nossos corações.
Fernanda Paz
Dezembro, 2019
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