Relações de PAX
Não é o dinheiro que vai te fazer a pessoa mais estável e feliz. Não é a casa bonita, os móveis, os utensílios domésticos, o automóvel do ano, muito menos as relações pessoais movidas por jogos de interesses nem mesmo as viagens mais incríveis se você continuar acreditando que são os fatores externos que te levarão à verdadeira paz. O jogo da materialidade é uma enorme ilusão. As relações humanas tem se agredido, se perdido, se anulado e sido vencida pelos verdadeiros adoradores da guerra, da discórdia, da desarmonia, do caos.
A verdadeira vida está no esforço contínuo de acreditarmos em nossos tesouros internos, no nosso belo, em quem verdadeiramente somos. É no ato do amor incondicional, aquele que nada espera, que nada quer em troca, que nada deseja. É na prática do silêncio, do exercício contínuo de nos amarmos a nós próprios, na sutileza e na delicadeza de cuidarmos desinteressadamente - de nosso corpo, de nossa mente, de nosso espaço físico, de todo aquele que passa pelo nosso caminho.
É no cumprimento da tarefa que somos verdadeiramente elevados. É cuidar do corpo porque ele é um templo e não porque precisa ser bonito ou aprovado pelas pessoas. É cuidar de nossa alimentação porque nosso corpo-templo necessita ser canal limpo de todas as toxicidades para receber a verdadeira instrução. É cuidar dos bens materiais porque eles são dádivas vindas do universo ao nosso alcance e não porque preciso possuir algo nem mostrar para ninguém as coisas que tenho.
Não somos quem somos pelo que temos, mas pelo o que somos, pelo que fazemos, pelo o que ofertamos, pelo que doamos, pelo serviço que prestamos independentemente do espaço físico que nos encontramos, independentemente da zona territorial, do país, do grupo religioso, do idioma.
São muitas as máscaras e as artimanhas de forças opostas ao nosso regresso à essência que jogam o tempo todo com a nossa possibilidade de nos confundir. Não precisamos buscar distante de nós tudo o que precisamos fazer. Não precisamos criar artimanhas ou artifícios para revelar a potencialidade de quem e porque estamos aqui. Basta olharmos para nosso coração e permitir que ele se revele. É não ter medo algum em dizer SIM à vida na fé constante que somos instrumentos e poeiras cósmicas ao mesmo tempo. Que somos seres eternos, faíscas de luz que brilham e que necessita ser transmutada e queimada na possiblidade de nos entregarmos ao que nos é colocado momento a momento.
Que as relações sejam de harmonia e paz e que possamos ter o verdadeiro discernimento daquelas que já não nos agregam e entregar ao cosmos, em verdadeira humildade, para que cada um possa dar continuidade aos seus passos rumo ao todo, que verdadeiramente somos.
Fernanda Paz
Novembro 2019
Novembro 2019
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